Revista Novo Perfil Política

terça-feira, 5 de março de 2013


Dois parlamentares paraibanos, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e o deputado federal Manoel Júnior (PMDB) viajaram para a Antártica nesta segunda-feira (04). Ambos embarcaram em missão oficial, integrantes da comitiva interministerial comandada pela Marinha do Brasil, para conhecer o Programa Antártico Brasileiro (Proantar), que retorna ao Brasil na próxima sexta-feira (08). 

A delegação ainda é composta pelos senadores Cassildo Maldaner (PMDB-SC) e Lobão Filho (PMSB-MA). Da Câmara, embarcaram os deputados federais Maria Jô Morais (PCdoB-MG, que é vice-presidente da Frente Parlamentar de Apoio ao Proantar), Augusto Coutinho (DEM-PE), Carmem Zanotto (PPS-SC), Rosane Ferreira (PV-PR) e Magda Moffato (PTB-GO).  As despesas com transporte e hospedagem dos convidados correram por conta da Marinha do Brasil.    

O Proantar é o programa científico instituído pelo governo brasileiro desde janeiro de 1982, com o objetivo de coletar dados meteorológicos na Antártica para estudo sobre a meteorologia da região subantártica e sua importância sobre os sistemas climáticos e de circulação que atingem o Brasil, inclusive a Amazônia. Na verdade, o monitoramento das variações na massa do gelo permite avaliar o impacto do aumento do nível dos oceanos na costa brasileira e suas conseqüências socioeconômicas para o país.    

História - A Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), para onde seguiram os congressistas brasileiros, é uma base antártica pertencente ao Brasil localizada na ilha do Rei George, a 130 km da Península Antártica, na baía do Almirantado. Começou a operar em 6 de fevereiro de 1984, levada à Antártica, em módulos, pelo Navio de Apoio Oceanográfico Barão de Teffé (NApOc), apropriado para o trabalho nas regiões polares, e outros navios da Marinha do Brasil.    

O nome da estação homenageia Luís Antônio de Carvalho Ferraz, um comandante da Marinha do Brasil, hidrógrafo e oceanógrafo que visitou o continente Antártico por duas vezes a bordo de navios britânicos. A História registra que Ferraz desempenhou importante papel ao persuadir o Brasil a desenvolver o programa antártico.    

Ali foi detectado o aumento da temperatura global, o efeito estufa, o aumento do buraco da camada de ozônio, o aumento do nível dos oceanos, além de recolhidos elementos provenientes da poluição causada em sua maioria pelos países do hemisfério norte. Todas as alterações detectadas pela Estação Antártica Comandante Ferraz mostram claramente a interação entre os hemisférios e sua interferência nas mudanças globais.    

Incêndio - Na madrugada do dia 25 de fevereiro do ano passado, uma explosão onde ficam os geradores de energia deu início a um incêndio de grandes proporções, que destruiu cerca de 40% da Estação Antártica e causou a morte de dois oficiais, que não conseguiram deixar a Praça das Máquinas a tempo.    

A imprensa noticiou, à época, que o prédio principal, que incluía os alojamentos e alguns laboratórios, foi completamente destruído. As unidades que ficavam isoladas da instalação central escaparam do incêndio: laboratórios de meteorologia, química e estudo da alta atmosfera, além de contêiners com material de pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. “Vamos verificar, in loco, como ficou a estrutura física do Proantar depois do incêndio”, disse o senador Cássio Cunha Lima.    

Além disso, conforme explicou o senador paraibano, “o governo federal anunciou, dias depois da explosão, um programa de 20 milhões de reais para a reconstrução da Base Antártica, com projeto mais moderno e prazo de conclusão de  dois anos. Já se passou um ano e vamos checar o que foi feito e o que ainda precisa ser feito a fim de que o projeto siga fortalecido. Do contrário, o Proantar vai ficar só enxugando gelo – resumiu Cássio, fazendo trocadilho com a base gelada.

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Fonte: Ascom - PB Agora


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