Revista Novo Perfil Política

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Dilma diz ser 'impossível' ligação entre ela e corrupção na Petrobras

A presidente Dilma Rousseff afirmou em entrevista ao canal fracês TV France 24 que é “impossível” que se aponte ligação entre ela e o escândalo de corrupção na Petrobras descoberto na Operação Lava Jato. A entrevista ocorreu na última sexta (5) e foi ao ar nesta segunda (8).

As primeira fases da operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal em março de 2014, investigaram esquema de lavagem de dinheiro bilionário no país. Posteriormente, a PF descobriu que o esquema envolvia também fraudes em licitações e desvios na Petrobras, que culminaram com a prisão de executivos da estatal e de grandes empreiteiras do país.

Dilma deu a declaração após o jornalista que a entrevistava questionar se a presidente estaria apta a assumir as consequências caso as investigações apontem que ela sabia do esquema na estatal. Em resposta, a presidente afirmou que “lutará até o fim” para mostrar que não fez parte do escândalo.

“Eu não estou ligada [ao escândalo]. Eu não respondo a esta questão porque eu não estou ligada. Eu sei que não estou nisso. É impossível. Eu lutarei até o fim para demonstrar que eu não estou ligada. Eu sei o que eu faço. E eu tenho uma história por trás de mim. Neste sentido, eu nunca tive uma única acusação contra mim por qualquer malfeito. Então, não é uma questão de ‘se’. Eu não estou ligada”, disse a presidente.

A declaração de Dilma ao canal francês faz parte de uma série de entrevistas que ela concedeu na semana passada a veículos europeus. Nesta terça (9), ela embarcará para Bruxelas (Bélgica), onde participará nos dias 10 e 11 da Cúpula União Europeia – Celac, que reunirá líderes de países europeus e do continente americano. A presidente também falou à TV Deutsch Welle (Alemanha) e Le Soir Belgique (Bélgica).

Na entrevista à TV France 24, Dilma afirmou também que, em sua opinião, o esquema de corrupção não pode ser chamado de “escândalo da Petrobras” porque “cinco funcionários” se envolveram nas irregularidades. A presidente disse também que o escândalo diz respeito a funcionários que se articularam com algumas diretorias e com alguns partidos para “obter benefícios”.

Desde o início do ano, Dilma tem defendido a Petrobras em eventos dos quais participa. Ela, por exemplo, afirmou que a companhia “merece” o fim da corrupção. Na posse do ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, ela também comentou o assunto e afirmou que a “luta” para recuperar a estatal é dela e do atual governo.

“E é muito importante entender que a Petrobras tem mais de 30 mil empregados e tem cinco envolvidos. O escândalo da Petrobras não é escândalo da Petrobras é escândalo de um determinado funcionário que era diretor na Petrobras”, disse a presidente na entrevista ao veículo francês.

Ajuste fiscal

Dilma defendeu ainda as medidas de ajuste fiscal que o governo tem proposto para reduzir gastos e reequilibrar as contas públicas. Segundo a presidente, o ajuste “não paralisa” o governo nem impede investimentos federais na área de infraestrutura. O governo anunciará nesta terça (9) o novo pacote de concessões em áreas como portos, aeroportos e rodovias.

"Quando mudanças são necessárias, temos que ter coragem de fazê-las. É o que estamos fazendo. Estamos fazendo ajustes para voltar a crescer rápido", afirmou a presidente.

Por: Revista Novo Perfil Online
Fonte: G1/Filipe Matoso em Brasília


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