Revista Novo Perfil Política

quinta-feira, 19 de março de 2015

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, interrompeu a sessão no plenário para informar ter recebido um telefonema do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, anunciando a demissão do ministro da Educação, Cid Gomes.


Em nota, o Palácio do Planalto afirmou que "o ministro da Educação, Cid Gomes, entregou nesta quarta-feira, 18 de março, seu pedido de demissão à presidenta Dilma Rousseff". A nota diz ainda que a presidente Dilma "agradeceu a dedicação dele à frente da pasta".



Na hora do comunicado de Cunha, houve alguns aplausos no plenário. Cid Gomes havia participado de tumultuada sessão para esclarecer declaração em que havia afirmado que havia "300 ou 400 achacadores" no Congresso.



A sessão virou um bate-boca generalizado e o ministro foi chamado de palhaço.



Polêmica

Pouco antes, Gomes havia dito que parlamentares da base do governo que não votam de acordo com a orientação do Planalto devem "largar o osso" e ir para a oposição.
Gomes inicialmente chegou a tentar contemporizar, dizendo que sempre teve "profundo respeito pelo Legislativo". A consideração, porém, não quer dizer que "concorde com a postura de alguns, de vários, de muitos, que mesmo estando no governo, os seus partidos participando do governo, têm uma postura de oportunismo".
O ministro argumentou que a declaração de que haveria no Congresso "300 ou 400 achacadores" que se aproveitam da fragilidade do governo não foi sua "opinião pública", mas uma fala "pessoal" a um grupo de estudantes de três universidades paraenses dentro da sala do reitor da Universidade Federal do Pará, depois de ser questionado sobre a falta de recursos para a pasta.
"Se alguém teve acesso a uma gravação não autorizada que não reflete a minha opinião pública que me perdoe. Eu não tenho mais idade. Eu não tenho direito de negar a tantos quanto nesses 20 anos de vida pública. Eu não tenho como negar aquilo que pessoalmente, de maneira reservada, falei no gabinete do reitor", disse. O ministro argumentou que o comentário não foi feito em local público e "não é motivo de proselitismo".
Cid Gomes lembrou que, durante sua trajetória como prefeito e governador sempre teve uma relação pessoal com o parlamento é "respeitosa, construtiva, de quem compreende o papel do legislativo" na gestão e no controle do Estado e do País.
A declaração que gerou polêmica foi: "Tem lá [no Congresso] uns 400 deputados, 300 deputados que, quanto pior, melhor para eles. Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas".

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Fonte: Istoé


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